De acordo com a denúncia apresentada pelo promotor Guilherme Graciliano, da 20ª Zona Eleitoral, uma moradora do Loteamento Santa Rosa afirmou ter vendido seu voto por R$ 300 a pessoas que supostamente pertencem à coligação “Carpina Pode Mais”. Em outro depoimento, uma residente do Loteamento Três Marias declarou ter sido abordada por indivíduos que ofereceram dois sacos de cimento, entregues em uma casa da comunidade sem emissão de nota fiscal. Segundo o relato, os entregadores vestiam camisas roxas, cor associada à campanha da prefeita eleita.
Outro caso citado envolve uma mulher que realizou uma cirurgia ocular avaliada em R$ 7 mil. Ela relatou, em áudios nas redes sociais, que o procedimento foi viabilizado graças à prefeita eleita e realizado pela Prefeitura de Paudalho, município administrado pelo cunhado de Eduarda, Marcelo Gouveia.
Um morador do Loteamento Carneiro Leão também testemunhou sobre um possível esquema de compra de votos. Ele afirmou que, na véspera da eleição, por volta das 22h, presenciou um grupo de cerca de 200 pessoas negociando votos por valores entre R$ 200 e R$ 400, alegadamente a mando dos Gouveias.
Por fim, uma mulher do Loteamento Três Marias relatou ter visto um grupo de pessoas usando camisas nas cores da campanha de Eduarda Gouveia retirando bandeiras amarelas, símbolo da coligação adversária. Em troca, segundo o Ministério Público, o grupo teria oferecido dinheiro.
A ação proposta pelo Ministério Público Eleitoral pede a cassação do registro de candidatura ou do diploma de Eduarda Gouveia e de seu vice, Dedé Lanches, além da aplicação de multa e declaração de inelegibilidade por abuso de poder econômico.
Em despacho assinado na última quinta-feira (12), o juiz eleitoral André Rafael de Paula Batista Elihimas recebeu a denúncia e estabeleceu um prazo de cinco dias para que a defesa da prefeita e do vice-prefeito eleitos seja apresentada.
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